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Ata do copom destaca risco de aceleração inflacionária
Ao longo dos próximos meses, o crescimento do crédito e a expansão da massa salarial devem continuar impulsionando a atividade econômica e aumentando os riscos de inflação mais alta em 2008. A análise é do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que divulgou ontem a ata da primeira reunião do ano, que na semana passada manteve inalterada a taxa Selic em 11,25% ao ano.Na ata, o Copom afirma que está pronto para "adotar uma postura diferente, por meio do ajuste dos instrumentos e política monetária, caso venha a se consolidar um cenário divergente entre a inflação projetada e a trajetória das metas".
A meta de inflação do BC para este ano é de 4,5%. A mesma do ano passado, que quase foi atingida, ao subir depois de cinco anos de queda, o que reforçou o conservadorismo do Copom, que em outubro interrompeu uma trajetória de quase dois anos de queda na taxa Selic.
"A despeito da apreciação cambial observada em 2007, a variação dos preços dos bens comercializáveis mostrou aceleração, atingindo 4,75% ou 1,31% acima do resultado de 2006", diz a ata. O IPCA ficou em 4,46%. Para este ano, o mercado prevê inflação de 4,45%. No ano passado, a oferta de crédito subiu 2,5%. As operações de crédito do sistema financeiro somaram R$ 932,2 bilhões, o equivalente a 34,7% do PIB (Produto Interno Bruto). Foi a maior proporção de crédito concedido, com relação ao PIB, desde 1995, quando os empréstimos chegaram a 35,1% do PIB.
FONTE: GAZETA MERCANTIL - 01/02/2008